domingo, outubro 15, 2006

Dicas



Olá, colegas
Sempre gostei muito de ler. É com prazer que leio de clássicos a livros românticos. Nessas leituras, descobri um autor brasileiro de livros infanto-juvenis muito bom. Indico dois de seus livro: A hora do amor e Amor de verão. São ótimos, engraçados, tristes e uma boa maneira de descobrir muito sobre a natureza humana.







Para que você conheça um pouco sobre o autor, reproduzirei uma entrevista dele dada ao professor Wagner Lemos.

Wagner- Conte-nos um pouco sobre sua trajetória, sua infância, suas primeiras leituras, enfim suas origens...

Álvaro Cardoso Gomes - Sou de Batatais, cidade do interior paulista, onde nasci em 28 de março de 1944. Mas pouco vivi lá. Quando eu tinha quatro anos, a família mudou-se pra Lucélia e, depois, pra Americana. Meu pai era de Patos, na Paraíba, minha mãe, paulista. Fui uma criança comum, que fazia bastante traquinagem, mas sempre gostei de ler. Quando pequeno, a coisa mais comum era me verem com um livro nas mãos. Geralmente, lia livros de aventuras, histórias de fadas, tudo, enfim, que pudesse alimentar minha imaginação.

WL -. Quando começou em sua vida o escrever literário?
ACG
- Já em São Paulo, para onde me mudei em 1964 para estudar. Fiz o curso de Letras na USP. Ali, em contato com o que havia de melhor em Literatura Brasileira e Universal, apurei meu gosto literário e passei a escrever meus romances e contos. Em realidade, já escrevia bem antes que isso. Mais ou menos aos 14 anos, descobrira em mim essa “facilidade” pra escrever que depois fui aprimorando.

WL - O que o levou a estudar Letras? Isto é, o que o inspirou a ser professor?
ACG
- Fui estudar Letras sem nenhuma idéia de que queria ser professor. Escolhi esse curso porque lá havia Literatura. Pra falar a verdade, nunca me dei muito bem com as disciplinas de caráter científico, como Matemática, Física, etc.

WL - Sua obra "De Mãos Atadas" é leitura obrigatória do vestibular seriado (1ºano) da Universidade Federal de Sergipe, fale-nos como surgiu a idéia de fazer esse romance.
ACG
- Esse romance nasceu de uma espécie de indignação que sinto por ter que viver num país tão injusto e brutal, num país em que as classes sociais são tão separadas, provocando o surgimento de legiões de miseráveis e desfavorecidos da sorte que se entregam, por sua vez, a uma injusta busca de riquezas, apelando para a brutalidade, a força. O tema do seqüestro foi-me inspirado por algo que se tornou bastante banal nas grandes cidades, principalmente em São Paulo.
WL - Sobre o Álvaro Cardoso da vida pessoal... quais são os seus autores preferidos (quais deles o senhor apontaria como influência sobre a sua obra)
ACG
-Toda listagem é complicada porque acabará excluindo escritores que são importantes tanto quanto os de eleição. Mas vamos lá: Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Tchecov, Dostoievski, Flaubert, Borges, etc., etc., etc., etc. – a lista é interminável. Em suma, qualquer escritor é importante pra mim, desde que me instigue, que me provoque. Agora, os que me exerceram influência... sei lá, talvez o Dalton Trevisan, o Rubem Fonseca, o Borges... Mas deixo isso pros críticos analisarem...

WL - Como gostaria de ser lembrado no futuro?
ACG
- Não me importo muito com o futuro, gosto de pensar e de ser lembrado mais no presente e gosto de ser lembrado assim, sabendo que tenho leitores fiéis com quem posso compartilhar os produtos de minha imaginação e a quem posso influenciar na criação de obras futuras.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, gostaria muito de receber algumas dicas para estimular a leitura, ou seja, como aprender a gostar da leitura, se interessar, enfim, algo q me dê motivação para ler com prazer.
Estou na faculdade e agora tenho muitos livros para ler, mas a realidade é que não tenho muita pacîência. Será q pode me ajudar?